O recuo do senador Marcos do Val (Podemos-ES) na definição sobre como será executado o orçamento secreto em 2023 nasceu no gabinete de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Irritado com a repercussão da entrevista de Do Val ao Estadão, Pacheco pressionou o senador a desistir das inovações que ele queria emplacar no ano que vem e patrocinou um movimento para retomar as regras vigentes. Do Val queria tornar o orçamento secreto impositivo em 2023. A manobra de Pacheco não agradou a Arthur Lira (PP-AL) e seus aliados, os principais interessados nas mudanças, que viam na nova execução do orçamento secreto uma forma de engessar o novo governo eleito caso Jair Bolsonaro perca a eleição.
No grupo de WhatsApp da Câmara, Lira e aliados sentiram o golpe. “O relator da LDO (Marcos do Val) está sendo pressionado a acatar uma emenda retirando a impositividade. Proponho que, se isso acontecer, passemos todos a obstruir a LDO até resolver”, escreveu Elmar Nascimento (União-BA). “Amigos se não houver acordo o melhor é obstruir e tentar arrumar até quinta. Em respeito ao que foi acertado”, escreveu Lira.
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