Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Cota racial para candidatura é próximo passo, diz juiz do TSE, por Uirá Machado e Tayguara Ribeiro/Folha de São Paulo

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Magistrado defende reserva de percentual das candidaturas, não das vagas no Congresso. O juiz Fábio Esteves, em Brasília - Pedro Ladeira-12.set.20/Folhapress

 

 

Coordenador substituto da Comissão de Promoção da Igualdade Racial do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o juiz Fábio Francisco Esteves afirma que as medidas já adotadas para fortalecer candidaturas de pessoas negras são necessárias, mas não suficientes para mudar o cenário desigual que existe hoje.

O próximo passo é adotar cotas raciais, diz Esteves, que é juiz auxiliar da presidência do TSE.

“Se quisermos corrigir a distorção que vemos no Parlamento, em algum momento vamos ter que reservar um percentual de candidaturas negras, não de vagas no Congresso”, afirma.

A distorção a que ele se refere é evidente. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, entre os 513 parlamentares eleitos em 2018, há 124 registrados como negros, classificação que inclui pretos e pardos.

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