Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Queimadas na Amazônia estão 30% acima da média histórica e já superam piores projeções para 2022, por Ana Lucia Azevedo/O Globo

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Pesquisadores da UFRJ apontam que, até a última quarta-feira (13), 622 mil hectares já haviam sido destruídos por ação humana. Números superam os do ano passado, que já eram considerados ruins. Queimada próxima ao Rio Rio Branco, em Porto Velho (RO), durante sobrevoo do Greenpeace no ano passado — Foto: Divulgação

 

 

A destruição da Amazônia por queimadas acelerou fortemente e está 30% acima da média histórica, superando as projeções mais sombrias. O total de floresta queimada em 2022 já supera o do mesmo período de 2021, mostra o sistema de alertas do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ). O desastre nada tem de natural. É resultado da ação humana, afirma a coordenadora do Lasa, Renata Libonati.

Até a última quarta-feira, dia 13, já haviam sido queimados 622 mil hectares. No mesmo período de 2021, 490 mil hectares de florestas haviam sido transformados em cinzas na Amazônia. Tanto 2021 e ainda mais 2022 estão acima da média histórica dos últimos 10 anos, que é de 440 mil hectares destruídos pelo fogo, no período de 1º de janeiro a 13 julho em relação ao mesmo período de 2021.

Libonati frisa que os dados não se referem a focos de calor, como os emitidos pelo sistema de detecção de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Assim, como o Deter, outro sistema do Inpe, que emite alertas de desmatamento, o Lasa, fornece alertas de área queimada, em tempo quase real.

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