A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traça estratégias para conter os efeitos políticos da PEC Eleitoral, que permitiu ao governo federal aumentar de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio Brasil, distribuído aos brasileiros mais pobres até dezembro deste ano. A medida tem potencial de render votos ao presidente Jair Bolsonaro (PL) numa camada da população mais próxima ao ex-presidente, segundo as pesquisas de intenção de voto. Para não perder apoio, os petistas apostam no discurso de que o benefício será cortado já em janeiro de 2023 se o atual chefe do Executivo vencer a eleição — a tática inclui o envio de vídeos pelo WhatsApp, seara que o bolsonarismo dominou com folga há quatro anos.
O PT ainda não desenhou o modelo de retomada do Bolsa Família, programa de distribuição de renda das gestões do partido. As indefinições e o aumento do valor do benefício, rebatizado pelo atual governo, também pressiona a campanha do ex-presidente a acelerar o planejamento e a apresentação de linhas gerais do que pretende fazer na área social caso ele volte ao comando do país. Até agora, Lula se comprometeu a não reduzir a quantia, e seus aliados dizem que vão condicionar o pagamento a contrapartidas, como vacinação e desempenho escolar de integrantes das famílias que recebem.
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