Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Refinadores suíços querem evitar ouro da Amazônia; SwissInfo

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Os gigantes da indústria de ouro da Suíça anunciaram que não irão utilizar ouro extraído de territórios indígenas na Amazônia brasileira. Garimpeiros buscando ouro em uma mina ilegal na selva amazônica na região de Itaituba, Pará, Brasil em 21 de agosto de 2020. Copyright 2020 The Associated Press. All Rights Reserved.

 

 

Em rara declaração conjunta, os refinadores suíços também disseram que tomariam as “medidas técnicas e humanas necessárias para não aceitar, importar ou refinar ouro ilegal, incluindo o do Brasil, rastreando e identificando esse ouro”. Exortaram também o governo do presidente Jair Bolsonaro a fazer mais para proteger os povos indígenas e o meio-ambiente.

A extração de ouro por garimpeiros artesanais ilegais contribui para o desmatamento da Amazônia, polui o solo com mercúrio e invade terras indígenas tradicionais. Dados do comércio exterior brasileiro e estudos acadêmicos sugerem que grande parte desse ouro é encaminhado para a Suíça, ou ao menos transita pelo país, um ator-chave no comércio global do metal amarelo.

“Foi bastante fácil para nossos membros se comprometer a não tocar no ouro proveniente da região amazônica, porque não é este o tipo de negócio que um refinador suíço quer fazer”, diz Christoph Wild, presidente da Associação Suíça de Fabricantes e Comerciantes de Metais Preciosos (ASFCMP), que assinou a declaração de 27 de junho. Outros signatários incluem as refinarias de ouro Argor-Heraeus, Metalor, MKS Pamp, PX Précinox e Valcambi. A ASFCMP tem 13 membros, incluindo grandes refinarias, o banco suíço UBS e pequenas empresas do setor de metais preciosos.

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