Em rara declaração conjunta, os refinadores suíços também disseram que tomariam as “medidas técnicas e humanas necessárias para não aceitar, importar ou refinar ouro ilegal, incluindo o do Brasil, rastreando e identificando esse ouro”. Exortaram também o governo do presidente Jair Bolsonaro a fazer mais para proteger os povos indígenas e o meio-ambiente.
A extração de ouro por garimpeiros artesanais ilegais contribui para o desmatamento da Amazônia, polui o solo com mercúrio e invade terras indígenas tradicionais. Dados do comércio exterior brasileiro e estudos acadêmicos sugerem que grande parte desse ouro é encaminhado para a Suíça, ou ao menos transita pelo país, um ator-chave no comércio global do metal amarelo.
“Foi bastante fácil para nossos membros se comprometer a não tocar no ouro proveniente da região amazônica, porque não é este o tipo de negócio que um refinador suíço quer fazer”, diz Christoph Wild, presidente da Associação Suíça de Fabricantes e Comerciantes de Metais Preciosos (ASFCMP), que assinou a declaração de 27 de junho. Outros signatários incluem as refinarias de ouro Argor-Heraeus, Metalor, MKS Pamp, PX Précinox e Valcambi. A ASFCMP tem 13 membros, incluindo grandes refinarias, o banco suíço UBS e pequenas empresas do setor de metais preciosos.
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