Foi em meio a vaias e gritos de “golpista” que o pré-candidato a governador de Pernambuco Danilo Cabral (PSB) subiu ao palco em uma casa de shows em Olinda (PE) no final de julho. Ele foi um dos deputados que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, ato pelo qual hoje se diz arrependido.
Ao perceber os apupos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao seu encontro. O pessebista tentou quebrar o gelo e passou o braço por cima do ombro do petista: “Vem para cá, presidente”.
A reação hostil é resultado de um descompasso entre as decisões das cúpulas partidárias e os desejos da militância, fenômeno que não se limita a Pernambuco. Em estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, militantes e líderes contestam as alianças locais costuradas por Lula com base na eleição presidencial.
Na estratégia definida pelo PT para 2022, a prioridade é a eleição de Lula para a Presidência, seguida da eleição de deputados federais e senadores. Governos estaduais ficaram em segundo plano.
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