Porto Alegre, quarta, 01 de maio de 2024
img

Facebook e Instagram abrem brecha, e candidatos financiam anúncios com fake news e ataques às urnas, por Marlen Couto/O Globo

Detalhes Notícia
Levantamento identificou que ao menos 21 anúncios com desinformação sobre o processo eleitoral foram autorizados no mês passado pela Meta, empresa que controla as plataformas. Facebook e Instagram dão brechas para a publicação de anúncios com fake news e ataques às urnas ARUN SANKAR / AFP

 

 

A menos de dois meses da eleição, candidatos têm explorado brechas no Facebook e Instagram para impulsionar mensagens com fake news e ataques ao processo eleitoral brasileiro. Entre 26 de junho e 31 de julho, ao menos 21 anúncios com desinformação sobre o tema foram autorizados pela Meta, empresa que controla as plataformas. Há, por exemplo, conteúdos que põem em dúvida a apuração do pleito de 2020, afirmam que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já conhecem os resultados da votação que ocorrerá em outubro e lançam teorias da conspiração sobre as urnas eletrônicas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veda que postulantes a cargos eletivos disseminem fatos “sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados” a respeito do sistema eleitoral.

O levantamento, feito a pedido do GLOBO, foi realizado pelo NetLab, laboratório vinculado à Escola de Comunicação da UFRJ. A circulação dos anúncios é possível porque não há nas regras das redes proibição expressa a alegações falsas de fraude ou a postagens que lancem dúvidas sobre a confiabilidade das urnas, destacam os pesquisadores. Os dados foram levantados por meio da API da biblioteca de anúncios da Meta, que permite a captura das informações de forma automatizada.

Leia mais em O Globo