Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Eleições 2022: Sabatinado pela ARI, Ricardo Jobim defende: "Fake news é covardia". Candidato ao governo do Estado pelo Partido Novo foi o primeiro a participar de uma série de painéis promovidos pela entidade; do Coletiva.Net

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Márcia Christofoli, Flávio Dutra e Lívia Araújo sabatinaram Ricardo Jobim - Crédito: Coletiva.net

 

Teve início nesta quarta-feira, 10, a série de sabatinas que a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) promove com os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. Em um painel de uma hora mediado pelo diretor da entidade, Flávio Dutra, as jornalistas Lívia Araújo, repórter do Jornal do Comércio, e Márcia Christofoli, publisher de Coletiva.net, apresentaram seus questionamentos ao postulante do Partido Novo, Ricardo Jobim.

Após a abertura feita pelo presidente da ARI, José Nunes, Jobim foi convidado a apresentar os motivos que o levaram a se candidatar. “Tenho a coragem de ser um idealista em um mundo que está cada vez mais descrente e acredito que podemos destravar esse Estado e fazer muita coisa boa”, justificou. Em sequência, Márcia abriu a série de perguntas buscando entender a posição do candidato sobre as fake news. Definindo-se como um defensor da liberdade, o concorrente se comprometeu com o aparelhamento da Polícia Civil para identificar a origem das notícias falsas, e ainda pontuou: “Fake news é covardia”.

Em adição ao tema, Lívia Araújo questionou sobre a crescente dificuldade de se conseguir dados de transparência via Lei de Acesso à Informação (LAI). Em relação a isso, Jobim explicou que, caso eleito, pretende dar o exemplo. “Quero ter um portal da transparência especial para o governador e primeiro escalão do governo, que seja atualizado em tempo real”, adiantou.

Ações publicitárias

Outro ponto relevante da conversa foi sobre a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal no governo do Rio Grande do Sul – que limita o investimento em Publicidade dos próximos nove anos às campanhas de utilidade pública. Jobim, que se mostrou favorável ao mecanismo, entende que ainda há muito espaço para Propaganda do governo. O candidato sugeriu que os meios de imprensa devem ser usados para levar a verdade e educar a população, “pois nem tudo é notícia boa”.

Questionado sobre a gestão da TVE e FM Cultura pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), o candidato entende que não há necessidade de manter essas estruturas em seus modelos atuais. “Há uma mudança no comportamento da mídia, a TV aberta está perdendo audiência”, explicou. Jobim sugeriu o uso das emissoras, assim como de seus profissionais, em um projeto de Publicidade para relatar a realidade do Rio Grande do Sul.

Rio Grande do Sul no mapa da Inovação

Provocado por Márcia, Jobim também teceu comentários a respeito do South Summit que, segundo ele, foi trazido ao Estado para causar impacto publicitário, embora não seja algo ruim. Defendendo a valorização local, o candidato mencionou o Gramado Summit, Instituto Caldeira, Projeto Hélice, TecnoPUC e Univates como outros exemplos de vitrines para as startups. “Não foi o South Summit que trouxe inovação para o Rio Grande do Sul e o trabalho de retaguarda desses agentes tem que ser respeitado”, destacou.

Por fim, Jobim defendeu a valorização da Comunicação, inclusive da exigência de diploma para profissionais do Jornalismo. Em complemento a isso, aceitou o convite de Flávio Dutra para assinar o Termo de Compromisso com a Transparência e Liberdade de Informação, documento que será apresentado a todos os candidatos pela entidade. A conversa completa, que foi transmitida ao vivo pelo Facebook da Associação, pode ser conferida neste link.