Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Ministros do TSE veem 'precedente perigoso' em decisão que mandou excluir vídeos de Lula sobre Bolsonaro, por Mariana Muniz/O Globo

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Raul Araújo atendeu a pedido feito pelo PL e determinou remoção de conteúdos em que petista chama presidente de 'genocida'. O presidente Jair Bolsonaro e seu principal oponente nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto:

 

 

A decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de determinar a remoção de vídeos em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama de “genocida” o presidente Jair Bolsonaro (PL), causou preocupação entre demais integrantes da Corte. Na avaliação de magistrados ouvidos reservadamente pelo GLOBO, o argumento usado pelo ministro pode abrir um precedente para o tribunal ser acionado por candidatos em situações semelhantes, sob o risco de ferir o direito à liberdade de expresão, além de uma enxurrada de ações durante a campanha eleitoral.

Na decisão em que mandou o YouTube excluir os vídeos de Lula, o ministro afirma que “a palavra ou expressão ‘genocida’ tem o sentido de qualificar pessoa que perpetra ou é responsável pelo extermínio ou destruição de grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Araújo escreve, na decisão, que “o genocídio é crime e está previsto na Lei no 2.889/1956, que foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988”.

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