Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
img

'O jornalismo foi em grande parte responsável pela ascensão da extrema direita no Brasil', diz Jorge Furtado, por Teté Ribeiro/Folha de São Paulo

Detalhes Notícia
Ele e Guel Arraes se uniram na quarentena para escrever o filme 'O Debate', com Paulo Betti e Débora Bloch. Os diretores Jorge Furtado, em Porto Alegre, e Guel Arraes, no Rio de Janeiro, posam para foto via Zoom - Gabriel Cabral/Folhapress

 

 

Jorge Furtado é gaúcho, tem 63 anos e uma carreira como roteirista e diretor cheia de sucessos, entre eles a série “Agosto” e os filmes “O Homem Que Copiava” e “Saneamento Básico”. Guel Arraes é pernambucano, tem 68 anos, e foi um dos criadores dos clássicos de humor “Armação Ilimitada” e “TV Pirata”, ambos da TV Globo.

Os dois já trabalharam juntos diversas vezes. Por exemplo nas séries “A Comédia da Vida Privada” e “Decamerão, a Comédia do Sexo”, e nos filmes “O Coronel e o Lobisomem” e “Lisbela e o Prisioneiro”. No ano passado, já com um ano de pandemia, dois de governo Jair Bolsonaro e muita aflição acumulada, decidiram escrever uma peça de teatro, coisa que nunca tinham feito em parceria.

Assim nasceu “O Debate”, lançado como livro e que tem logo na primeira página um aviso de Jorge Furtado: “Essa peça foi escrita na urgência dos acontecimentos políticos do Brasil do ano de 2021. Será filmada ou encenada assim que for possível e reescrita assim que for necessário”.

A filmagem finalmente foi possível no mês passado, e “O Debate” entra em cartaz nos cinemas na próxima quinta-feira (25). Dirigido por Caio Blat, o longa é protagonizado por Débora Bloch e Paulo Betti. Os dois formam um casal de jornalistas de TV —ele é o editor do programa, e ela, a apresentadora. Eles se separam depois de 17 anos juntos, mas continuam confidentes e colegas de trabalho. É nos bastidores do jornal que ela apresenta e ele edita que se passa a história –e justamente quando o programa está cobrindo o último debate presidencial entre dois candidatos sem nome, apresentados apenas como “o presidente” e “o ex-presidente”.

Leia mais na Folha de São Paulo