Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Entrevista: 'A História não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia', diz presidente do STF, Luiz Fux, por Thiago Bronzatto e Mariana Muniz/O Globo

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Prestes a deixar o comando do Judiciário, ministro do Supremo Tribunal Federal revela bastidores de conflitos na Praça dos Três Poderes e de conversas com militares. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux Cristiano Mariz/Agência O Globo

 

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, conta que viveu “o momento mais delicado” da sua gestão em 7 de setembro de 2021. Em entrevista ao GLOBO, ele relembra que, naquele dia, teve de encarar ameaças do presidente Jair Bolsonaro e de manifestantes que planejavam invadir o prédio da Corte. Quase um ano depois e prestes a deixar o comando do Supremo, em 12 de setembro, o magistrado de carreira reconhece que, embora os ataques ao Judiciário continuem, o cenário na Praça dos Três Poderes é outro diante do apoio da sociedade ao processo eleitoral. “A História não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia”, ressalta Fux.

O senhor deixará a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 12 de setembro, após dois anos à frente da Corte. Qual balanço o senhor faz da sua gestão?

Fomos abalroados pela pandemia, que me impôs um isolamento em relação aos meus colegas. Mesmo assim, conseguimos continuar trabalhando e reduzimos o acervo de processos, que saiu de 110 mil para dez mil, começando a chegar ao nível das Cortes mais avançadas do mundo. No que toca à crise institucional, eu me manifestei nos momentos certos e no lugar correto, no plenário do Supremo. Saio muito orgulhoso de tudo o que fiz, principalmente da coesão da Corte. Também me orgulho da internacionalização da jurisprudência do Supremo, que foi o tribunal constitucional que mais julgou casos de Covid-19.

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