Porto Alegre, terça, 30 de abril de 2024
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Sobre churrascos e homens: alimentação na França vira questão de virilidade; O Estado de São Paulo

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Uma parlamentar dos Verdes disse aos homens que superassem a carne e a masculinidade pelo bem do planeta, desencadeando uma discussão fervorosa. Sandrine Rousseau, parlamentar do Partido Verde, declarou em 27 de agosto que 'temos que mudar nossa mentalidade para que comer um entrecôte grelhado não seja mais um símbolo de virilidade'. Foto: Alain Jocard/AFP

 

 

É “la rentrée” na França, o mês de volta às aulas, o retorno ao normal, após as férias, muitas vezes marcado por conflitos sociais renovados. Mas ninguém esperava que a França se revoltasse com os churrascos.

Churrasco tornou-se uma palavra em todas as primeiras páginas, tema de debates acalorados na TV e fonte de uma crise de identidade nacional desde que Sandrine Rousseau, parlamentar do Partido Verde, declarou em 27 de agosto que “temos que mudar nossa mentalidade para que comer um entrecôte grelhado não seja mais um símbolo de virilidade”.

L’horreur!

Políticos de todo o espectro político – da extrema-direita ao Partido Comunista – entraram em erupção. Acusaram Rousseau de impugnar o profundo apego gaulês à carne marmorizada preparada pelas delicadas incisões dos açougueiros franceses, insultando e “desconstruindo” os homens, projetando guerras de gênero em agradáveis encontros de verão e geralmente espalhando melancolia.

“Parem com essa loucura!” Eric Ciotti, parlamentar dos Republicanos, escreveu no Twitter. Outro membro do partido, Nadine Morano, disse: “Chega de acusar nossos meninos de tudo!”

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