Porto Alegre, quarta, 01 de maio de 2024
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Convicção do eleitor enfraquece tese de voto envergonhado na disputa presidencial, por Ricardo Balthazar/Folha de São Paulo

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Número de eleitores que revelam preferências espontaneamente nunca foi tão grande, mostram institutos. O ex-presidente Lula, líder nas intenções de voto, e o presidente Jair Bolsonaro, que aparece em segundo lugar nas pesquisas - Marlene Bergamo e Gabriela Bilo/Folhapress

 

 

Oito de cada dez eleitores disseram ao Datafolha que já decidiram como votarão para presidente quando estiverem diante da urna no dia 2 de outubro, mas pesquisadores influentes desconfiam que um número significativo deles ainda esconde suas preferências.

Na visão desses especialistas, é possível que alguns apoiadores dos dois candidatos que há meses estão na frente da corrida, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), ainda se sintam desconfortáveis para declarar abertamente sua opção aos institutos de pesquisa.

Seria uma manifestação de um fenômeno conhecido nas ciências sociais como “viés de desejabilidade social”, que leva muitas pessoas a se distanciar de comportamentos reprovados em certas situações, ocultando suas preferências para evitar julgamentos desfavoráveis.

Uma das hipóteses é que bolsonaristas esconderiam o voto devido à alta rejeição do presidente, repudiado por mais da metade do eleitorado. Outra sugere que lulistas teriam vergonha de reconhecer a opção nos ambientes em que a rejeição ao petista também é elevada.

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