Em debate marcado pela ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou alvo principal das críticas dos adversários e protagonizou embates com Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).
Substituto do bolsonarista Roberto Jefferson (PTB), impedido de concorrer, Padre Kelmon (PTB) fez dobradinhas com o presidente, em meio a perguntas permeadas críticas à esquerda sobre aborto e perseguição aos cristãos na Nicarágua.
O debate deste sábado (24) foi organizado em pool por SBT, CNN Brasil, O Estado de S. Paulo, Terra, Veja e as rádios Eldorado e Nova Brasil.
O púlpito reservado a Lula ficou vazio. O petista disse que não poderia comparecer porque já tinha compromissos agendados previamente e porque não haveria tempo para ele se preparar. Ele deve participar do debate da Globo na quinta-feira (29).
Enquanto seus adversários debatiam no estúdio, o ex-presidente criticava Bolsonaro em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
“Todo dia ele fala ‘eu não sou ladrão’. Ele vai ver se é ladrão ou não quando eu tomar posse e acabar com esse sigilo. Qualquer coisinha, ele faz um decreto de sigilo de 100 anos. Vou acabar no primeiro dia com isso, para [a gente] ver o que está escondido”, disse.
A ausência do líder nas pesquisas foi criticada pelos demais candidatos. Bolsonaro disse que essa atitude demonstra falta de compromisso com a população, Ciro chegou a falar que o petista está de salto alto, e Tebet disse que o ex-presidente pede à população um cheque em branco —a expressão tem sido usada diante da falta de detalhes sobre o que pretende fazer se for eleito.
Leia mais na Folha de São Paulo