Caciques do Centrão apoiadores do presidente Jair Bolsonaro reduziram as aparições ao lado do chefe do Executivo nas últimas semanas da campanha à reeleição. O exemplo mais emblemático é Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, legenda que abriga o titular do Palácio do Planalto e que não participou das agendas de campanha do principal candidato de seu partido.
Nesta quinta-feira, Valdemar também não estava entre os convidados do presidente no debate da TV Globo, considerado estratégico para o time da campanha na reta final do primeiro turno. Os adversários, por sua vez, levaram os seus respectivos líderes partidários. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, estava acompanhado de Carlos Lupi. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou Gleisi Hoffmann; e Simone Tebet (MDB) estava ao lado de Baleia Rossi.
O chefe do partido tem agenda discreta e costuma aparecer em público só em situações pontuais. Valdemar, dizem aliados, mantém contato diário com Bolsonaro, por telefone ou pessoalmente, e não ensaia um distanciamento. Os dois conversam com frequência sobre questões políticas nos estados e Bolsonaro está sempre informado sobre os acontecimentos no partido.
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