Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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‘Com qualquer um que ganhar será difícil para o País no médio prazo’, diz Marcos Lisboa, por Cristiane Barbieri/O Estado de São Paulo

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Segundo economista, que está deixando a direção do Insper, Brasília virou um lugar de ‘concessão descontrolada de benefícios’. Nem Lula nem Bolsonaro: Lisboa não vê propostas visando ao aumento da produtividade do País. Foto: Nelson Almeida/AFP e Joédson Alves/EFE

Após o anúncio de que o economista Marcos Lisboa deixaria o comando do Insper, na noite de sexta-feira, 7, as redes sociais petistas ferveram com hipóteses de que o movimento estaria ligado à sua ida a um eventual novo governo Lula.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, ele foi responsável por uma série de reformas microeconômicas que ajudaram o crescimento do País no primeiro governo petista e já estaria conversando com os quadros da campanha para voltar a servir o País. Lisboa, porém, nega. “Não existe qualquer conversa para fazer parte de um novo governo Lula nem acredito que haverá”, afirma.

Na verdade, o movimento é o oposto: Lisboa diz estar preocupado com o Brasil e com as instituições. “Com qualquer um que ganhar (as eleições presidenciais) será difícil a médio prazo para o País”, afirma ele. “Brasília virou um lugar de concessão descontrolada de benefícios. O Congresso ganhou poder e, com um presidente fraco, tudo aquilo vai cobrar o preço dos últimos anos.”

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