O primeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado no segundo turno foi marcado por troca de farpas entre Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL). O tucano chamou o liberal de “ministro pipoqueiro”, afirmando que o oponente pipocou entre cinco ministérios por não ter “bom desempenho”, e por diversas vezes disse que o oponente não tem propostas. Já Onyx alegou que “bateu o desespero” no adversário, a quem chamou de “mentiroso”, “arrogante e prepotente”, e acusou de “maquiar” números de governo. Apesar disso, não houve pedido de direito de resposta pelos candidatos. A privatização do Banrisul, o IPE Saúde, a condução da pandemia e o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) estiveram entre os principais temas em pauta do encontro promovido pelos veículos da Rede Bandeirantes.
Pela primeira vez, Leite disse textualmente não vender o banco estatal, caso reeleito. “Não vamos privatizar o Banrisul no nosso próximo governo”, garantiu. A afirmação veio logo no primeiro embate, quando o tucano questionou o adversário sobre sua ideia de modelo de governança para o banco, alegando temor por interferência política ao dizer que vai governar “de dentro”. O liberal já vinha garantindo que, em caso de vitória no pleito, não privatizará a instituição financeira. Ele afirma que recursos parados do banco podem ser investidos em áreas como a agricultura, com a instituição “servindo às pessoas e transformando vidas”.
A condução da pandemia também foi tema do encontro. Onyx voltou a criticar o “fique em casa” em seu impacto na economia, chegando a chamar de “falsário” e “pseudocientista” o ex-reitor e epidemiologista da UFPel Pedro Hallal, coordenador do maior estudo sobre coronavírus no país, atualmente filiado ao PT. Leite ressaltou que o modelo de distanciamento adotado no RS foi “elogiado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)”, órgão do governo federal.
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