Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
img

Ministro da CGU admite que Portal da Transparência do governo não tem dados sobre orçamento secreto, por André Shalders/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Em resposta a internauta, Wagner Rosário admite que Portal da Transparência não traz informações sobre autoria de pedidos do orçamento secreto, e alega não ter informações. Gestão do dinheiro era feita dentro do Palácio do Planalto em 2020

 

 

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, admitiu que o Portal da Transparência não tem informações sobre os autores das emendas do orçamento secreto. Respondendo a um internauta no Twitter, Rosário reconheceu que o Portal da Transparência não permite identificar quem são os deputados e senadores que indicaram o destino do dinheiro público.

Rosário foi questionado sobre o tema ao postar um vídeo mostrando como pesquisar informações sobre emendas parlamentares no Portal da Transparência. O ministro tentava mostra que o “orçamento secreto” está todo exposto de forma clara no site do governo que contém dados sobre gastos públicos. “As emendas de relator, apelidadas de orçamento secreto, são alterações realizadas pelo relator do orçamento na proposta orçamentária encaminhada pelo Governo Federal. Vc sabia que elas estão todas detalhadas no portal da transparência ? Assista o vídeo e fiscalize!”, escreveu Rosário.

A publicação começou a circular entre apoiadores do governo na tentativa de reforçar a ideia de transparência da gestão. Até que o próprio Rosário foi questionado por um seguidor na rede social. “Ministro, e quem pediu a emenda ao relator (do Orçamento)? Tem esse dado no Portal da Transparência?”, questionou o usuário Alessandro Pignata. “Infelizmente não Alessandro. Quem tem essa informação é o relator. Quando tivermos colocaremos no Portal. O Congresso já começou a colocar no site alguns beneficiários. Vc pode checar. Não sei se está completo”, disse Rosário com um link para o site da Câmara dos Deputados – que só tem os nomes dos responsáveis por parte dos pedidos.

Leia mais em O Estado de São Paulo