Nada combina menos com a ideia de elaborar vinhos do que o fervilhar da cidade grande, a correria dos carros, os prédios e o asfalto, certo? Nem tanto. Já chegou a Porto Alegre uma tendência que se espalha por outras metrópoles do mundo e que está conquistando os corações e os gostos dos amantes do vinho: as vinícolas urbanas. Elas estão embrenhadas nos bairros mais movimentados, escondidas sob paredes de pedra, nas garagens, por trás dos muros, nas mentes de vinhateiros ousados. Dos seus tanques e barricas saem bebidas que provam que Porto Alegre, afinal, também pode ser a capital do vinho.
O conceito de vinícola urbana não é novo. Nos Estados Unidos sempre foi comum que se elaborasse vinho nas casas de cidades como Nova York e Los Angeles antes da Lei Seca, que atormentou os americanos no começo do século 20. As uvas vinham de parreirais cultivados nas cercanias das cidades e eram vinificadas nos porões das casas, de onde saía vinho para o consumo das famílias. As novas vinícolas urbanas surgiram em meados dos anos 1980, na Califórnia, quando um sujeito chamado Steve Edmunds resolveu trazer uvas para o coração da cidade de Berkeley e vinifica-las. A Edmunds St John existe até hoje e tem um portfólio atual de 13 rótulos.
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