Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
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Indústria nacional terá déficit de US$ 125 bi em 2022, o maior da história, por Rosana Hessel/Correio Braziliense

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Devido à desindustrialização em curso e à baixa competitividade das empresas nacionais, balança comercial da manufatura terá o maior saldo negativo da história em 2022, de US$ 125 bilhões, pelas projeções da AEB (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

 

 

A desindustrialização do país pode ser percebida na balança comercial nacional, apesar dos números positivos das exportações do agronegócio. Conforme dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), devido à perda de competitividade da indústria nacional, a diferença entre as importações e as exportações do setor produtivo, cujos produtos possuem maior valor agregado, deve atingir um saldo negativo recorde neste ano, chegando a US$ 125 bilhões.

“E o detalhe é que, no ano passado, a conta da balança comercial de manufaturados teve um déficit grande, de US$ 111 bilhões, e a projeção para este ano é de US$ 125 bilhões. É o maior saldo negativo da história, disparado”, adianta o presidente da AEB, José Augusto de Castro, em entrevista ao Correio. Ele destaca que, apesar de os dados de emprego terem melhorado nos últimos meses, com queda da taxa de desocupação para 8,7% no terceiro trimestre do ano, a perda de competitividade da indústria nacional com o resto do mundo tem ajudado a exportar empregos em vez de criar localmente.

“Quando o país tem deficit desse tamanho na balança comercial da indústria, significa que estamos gerando emprego de qualidade e de melhor remuneração no exterior e não internamente”, pontua.

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