Com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, a tropa de congressistas alinhada ao atual governo passou a traçar estratégias para atuar na oposição a partir do ano que vem. Na Câmara, onde o PL elegeu 99 deputados e terá a maior bancada, a ideia é apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), hoje um aliado, e negociar em troca o comando das comissões consideradas mais importantes, como a Comissão de Comissão e Justiça (CCJ), a Comissão de Fiscalização e Controle e a Comissão Mista de Orçamento (CMO). A sigla também terá maioria no Senado — 14 parlamentares —, onde o plano é lançar um candidato próprio à presidência da Casa contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cujo partido já indicou que fará parte da base aliada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ideia de parlamentares bolsonaristas é utilizar as comissões para resistir a medidas consideradas “de esquerda” que eventualmente venham a ser apresentadas pelo novo governo. Citam, como exemplo, mudanças na legislação trabalhista, regulação da mídia e temas relacionados à política ambiental do país. Além disso, pretendem insistir em projetos da pauta de costumes que ainda não avançaram, embora admitam mais dificuldade nesse aspecto.
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