Porto Alegre, segunda, 06 de maio de 2024
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A hora e a vez da agricultura regenerativa, por Camila Pessôa/Correio do Povo

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Em tempos de Conferência Climática, investir em ferramentas que conservem o solo agricultável pode ser a única saída para conter o avanço de uma degradação que, segundo a ONU, já atinge 40% do planeta | Foto: Ground Picture / ShutterstockZ / CP

 

 

Um conceito de mais de 40 anos voltou a ganhar força no mundo com a necessidade de produção em escala em áreas agricultáveis que não têm mais para onde crescer em tamanho. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgou em 2022 o relatório Global Land Outlook, 40% do solo do planeta está degradado, em todos os continentes. O percentual, segundo a ONU, afeta metade da humanidade e ameaça cerca 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo. A organização aponta também que se nada for feito, até 2050 a área adicional de solos deteriorados no mundo poderá ter tamanho equivalente ao da América do Sul.

Historicamente, o movimento pela sustentabilidade na agricultura obteve um novo marco a partir dos anos 1980. As preocupações com alimentação saudável, manutenção da biodiversidade e preservação de recursos naturais cresciam, no contexto em que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou seu primeiro estudo com recomendações para os cultivos orgânicos. O conceito não era novidade para o editor Robert Rodale, que teve uma vida dedicada ao trabalho com agricultura sustentável, em sucessão ao pai, Jerome Irving Rodale. Mesmo defendendo os orgânicos, R. Rodale buscava chegar a algo mais abrangente.

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