Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
img

A repressão qualificada reduz a criminalidade, diz sociólogo, por Edilson Salgueiro/Revista Oeste

Detalhes Notícia
A repressão qualificada reduz a criminalidade, diz sociólogo, por Edilson Salgueiro/Revista Oeste Segundo Eduardo Matos de Alencar, autor do livro De Quem é O Comando?, o investimento nas polícias também é fundamental para conter a bandidagem. Eduardo Matos de Alencar é autor do livro De Quem é O Comando? O Desafio de Governar Uma Prisão no Brasil | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

 

 

Historicamente assolados pela criminalidade, os brasileiros começam a vislumbrar um futuro pacífico. Em 2021, o país registrou uma queda de 6,5% nas mortes violentas, incluindo homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Os dados constam no 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

No ano passado, 47,5 mil pessoas foram assassinadas no Brasil — quase 6 mil a menos do que o verificado em 2020. Trata-se do menor número desde 2011 (52,2 mil), quando o FBSP passou a monitorar anualmente os indicadores de segurança pública no país. Quais motivos explicam essa melhora?

Para Eduardo Matos de Alencar, doutor em sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do livro De Quem é O Comando? O Desafio de Governar Uma Prisão no Brasil, diversos fatores explicam a diminuição de mortes violentas no país. “O fato é que, para além de variáveis demográficas, o que reduz o crime de maneira mais impactante é, prioritariamente, repressão qualificada”, afirmou. “Ou seja, prender mais gente, mais rápido e por mais tempo.” Ele destaca também os investimentos do governo federal nos Estados, que aumentaram a eficiência policial nos últimos anos. “As operações de apreensão de drogas seguem em escalada ascendente”, observou. “E há uma mudança real na forma como as lideranças de facções criminosas são tratadas. Isso também se reflete no nível estadual, com um foco maior na repressão qualificada. Provavelmente, são fatores que operaram de maneira consorciada, colaborando para essa redução.”

Leia mais em Revista Oeste