Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Tabaco: volume e bons preços para venda, por Patrícia Feiten/Correio do Povo

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Fumicultores da Região Sul devem colher até fevereiro cerca de 600 mil toneladas de folhas na safra 2022/2023, 7,95% a mais que no ciclo do ano passado, com boa qualidade e expectativa de remuneração | Foto: Alessandra Junkherr / Divulgação / CP

 

 

Típica de pequenas propriedades rurais, a fumicultura garante a subsistência de mais de 64,7 mil famílias no Rio Grande do Sul e reflete a resistência de uma atividade duramente impactada pelas campanhas antitabagistas nas últimas décadas. Na safra 2022/2023, quem persistiu no ramo no Brasil terá um aumento de 1,67% na produtividade na comparação com o ciclo anterior. Com a expansão na área cultivada, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) projeta uma colheita de 604,7 mil toneladas nos três estados da Região Sul até fevereiro do próximo ano, um aumento de 7,95% sobre a temporada 2021/2022. Desse total, 18,1% já estão nas estufas que fazem a secagem (cura) das folhas de fumo antes da venda às indústrias beneficiadoras.

“De modo geral, a qualidade dessas primeiras curas está muito boa e, com isso, a perspectiva de comercialização é muito boa”, avalia o presidente da Afubra, Benício Albano Werner. Na última safra, o preço médio do tabaco negociado entre produtores e indústrias subiu 61% em relação ao do ciclo 2020/2021, para R$ 17,02 o quilo. Essa valorização é atribuída à redução da oferta internacional do produto, já que muitos países exportadores enfrentaram problemas climáticos. A alta de custos dos insumos e da cada vez mais escassa mão de obra no setor, porém, revelou um 2022 difícil para os agricultores. “Na safra passada, quando se iniciou esse grande aumento de preço de fertilizantes, os produtores já estavam com tudo em casa, então não sofreram (o impacto)”, diz Werner.

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