Ahmed é adolescente, mas passa os dias trabalhando, em vez de estudar.
Ele mora na cidade de Trípoli, no norte do Líbano, um dos lugares mais pobres do Mediterrâneo. Apesar das horas dedicadas ao trabalho, Ahmed sobrevive com poucos dólares por semana. Ele precisa ajudar sua mãe doente, mas seu trabalho manual e cansativo mal fornece o suficiente para a alimentação dos dois.
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Essa sensação de desespero o levou a procurar uma saída.
Em um cyber café de Trípoli, Ahmed começou a conversar com um homem que se identificou como recrutador do grupo Estado Islâmico (EI) — os militantes islâmicos sunitas radicais que chegaram a controlar grandes partes do território da Síria e do Iraque e cometeram atrocidades e ataques terroristas em toda a região e em outras partes do mundo.
“Eu estava estudando a Sharia [as leis islâmicas] e, todos os dias, eles nos ensinavam sobre o jihad [a guerra santa]”, afirma Ahmed. “Eles nos contaram sobre o Iraque e sobre o grupo Estado Islâmico. Nós adorávamos o EI porque ele era famoso. Recebi o contato de um homem na prisão e ele me disse ‘vou mandar você para lá’.”
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