Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Atos do governo Lula para combater fake news abrem brecha para punir opinião e geram alerta de juristas, por Marlen Couto/O Globo

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Não há na lei brasileira uma definição sobre o que é desinformação, e o projeto que busca regulamentar o assunto ainda está em discussão no Congresso. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de posse no Congresso. Foto: Mauro Pimentel / AFP

 

 

Atos implementados pelo governo Lula com o argumento de combate às fake news, especialmente a criação de uma estrutura dentro da Advocacia-Geral da União (AGU), despertaram preocupação por abrirem brecha para o cerceamento de opiniões contrárias à gestão. Um decreto instituiu uma procuradoria na AGU com a atribuição de representar a União em processos judiciais para “resposta e enfrentamento à desinformação sobre políticas públicas”.

Não há na lei brasileira uma definição sobre o que é desinformação — o projeto de lei das fake news, que busca regulamentar o assunto, ainda está em discussão no Congresso. O vácuo amplia o risco, por tornar a caracterização mais genérica, segundo especialistas.

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