Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Reajuste do salário mínimo deve custar mais que o dobro do previsto, e governo avalia alternativas, por Idiana Tomazelli/Folha de São Paulo

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Projeção é que medida exija R$ 7,7 bi a mais do que os R$ 6,8 bi reservados na PEC. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no centro, acompanhado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) - Evaristo Sá - 29.dez.2022/AFP

 

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um alerta de que a elevação do salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, como prometido logo após as eleições, pode ter um custo de R$ 7,7 bilhões acima do previsto no Orçamento de 2023 —mais que o dobro do valor calculado inicialmente.

O ofício foi enviado à transição em dezembro pela equipe do então ministro Paulo Guedes (Economia), com base em cálculos feitos pelo corpo técnico da SOF (Secretaria de Orçamento Federal) —estrutura permanente do Poder Executivo e composta por servidores de carreira.

O aviso significa, na prática, que o novo governo pode precisar fazer um bloqueio nas demais despesas para conseguir remanejar recursos e bancar o aumento adicional do piso, uma das principais bandeiras de campanha do petista.

O bloqueio seria necessário porque a regra do teto de gastos, embora tenha mudanças já previstas, ainda está em vigor e precisa ser respeitada pelo governo na execução orçamentária.

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