A possibilidade da reativação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), que esteve sob ameaça de liquidação no governo passado e agora terá seu papel na estratégia de semicondutores do Brasil revista, foi muito bem recebida por uma parcela do mercado que ainda acredita no potencial da empresa, localizada em Porto Alegre, deslanchar.
Mas, a verdade é que o panorama mundial do mercado de semicondutores é muito dinâmico e evoluiu bastante desde que a Ceitec foi criada. Isso significa que o modelo de negócio, as aplicações e as áreas de atuação da empresa precisarão ser discutidas e definidas de acordo com a realidade atual, caso o governo federal decida realmente reativar a operação.
Neste novo direcionamento, um caminho precisa ser repensado em relação a como a empresa vinha atuando antes do processo de liquidação: foco. É o que aponta Julio Leão da Silva Jr, diretor da empresa inglesa EnSilica, uma das líderes mundiais no fornecimento de circuitos integrados, sediada no Parque Científico e Tecnológico da Pucrs (Tecnopuc).
“A iniciativa na criação da Ceitec foi muito ambiciosa na época. Tentar oferecer projeto, fabricação encapsulamento e testes de circuitos integrados na mesma planta é uma ambição muito grande em qualquer lugar do mundo. Normalmente as empresas focam em uma destas três áreas; fazer tudo junto é exceção”, avalia.
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