A reunião dos presidentes brasileiro e uruguaio, Luiz Inácio Lula da Silva e Luis Lacalle Pou, nesta quarta-feira (25), em Montevidéu, serviu para, entre outros assuntos, reanimar a perspectiva que a chamada Hidrovia do Mercosul, que prevê a ligação logística entre os dois países através da Lagoa Mirim, se torne uma realidade. Além disso, foram sinalizadas as possibilidades de transformar o aeroporto uruguaio de Rivera (que faz fronteira com a cidade gaúcha de Santana do Livramento) em um complexo internacional e a construção de uma segunda ponte entre os municípios de Jaguarão e Rio Branco.
Quanto à Hidrovia do Mercosul, o diretor-presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (HidroviasRS), Wilen Manteli, lembra que o assunto é debatido há várias décadas. A conexão entre os dois países começaria através da Lagoa Mirim, situada no extremo sul do Rio Grande do Sul e na parte nordeste do Uruguai. A lagoa possui uma área de superfície de aproximadamente 3,75 mil quilômetros quadrados, sendo 2,75 mil quilômetros quadrados em território brasileiro e 1 mil quilômetros quadrados em terras uruguaias, com largura média de 20 quilômetros e profundidade que varia, em grande parte dela, de 5 a 6 metros. A partir dali, seria possível acessar a Lagoa dos Patos e os portos gaúchos de Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e Estrela.
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