Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Comissão de Ética libera ex-ministros de Bolsonaro para atuar na iniciativa privada sem quarentena, por Tácio Lorran/O Estado de São Paulo

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Indicado por ex-presidente, colegiado que avalia possíveis conflitos de interesse concedeu 6 meses de salário a 10 membros do 1.º escalão do governo passado que não citaram propostas de trabalho e livrou os que apresentaram. O general da reserva Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral, receberá mais agora do que quando estava trabalhando. Foto: Werther Santana/Estadão

 

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República liberou ministros do governo de Jair Bolsonaro para exercerem de imediato atividades em empresas da iniciativa privada que mantêm relação com seus antigos cargos. O colegiado, totalmente controlado por indicados do ex-presidente, dispensou da quarentena três titulares do primeiro escalão de Bolsonaro que, por lei, poderiam receber salários pelos próximos seis meses sem trabalhar, para evitar situações de conflito de interesse.

Ao mesmo tempo, o órgão consultivo decidiu que dez ex-ministros continuarão ganhando salário de quase R$ 40 mil até junho, mesmo sem apresentar proposta concreta de novo emprego. Entre eles está Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral). O general da reserva receberá mais agora do que quando estava trabalhando.

Em dezembro, o Congresso reajustou a remuneração de ministro, de R$ 30.934,70 para R$ 39.293,32. Como o aumento foi escalonado, o salário será de R$ 41.650,92 a partir de abril. Luiz Eduardo Ramos vai acumular o benefício com a aposentadoria do Exército. Vencimentos e “penduricalhos” garantirão ao ex-ministro contracheques mensais acima de R$ 100 mil.

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