Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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A lição do agro à indústria brasileira, por Xico Graziano/Poder 360

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Avanço tecnológico e maior produtividade aumentou importância do agro na economia nacional, escreve Xico Graziano. Avião pulveriza plantação com agrotóxicos

 

 

Aloizio Mercadante tomou posse no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) falando da reindustrialização. Afirmou que o Brasil não pode ser só a “fazenda do mundo”.
Desagradou o agro nacional. Há anos, os economistas ortodoxos criticam a “comoditização” da economia brasileira, como se fosse uma perversidade elevar as exportações ligadas ao agronegócio. Seria, para eles, um marcha-àré na história do desenvolvimento.

Tal visão, atrasada, se baseia na teoria, formulada por Walt W. Rostow, em meados do século passado, sobre os estágios de desenvolvimento das nações (íntegra – 946KB). Sua obra principal
se chama “As etapas do crescimento econômico” (1960). A sociedade seria plena apenas na 5ª etapa, a da industrialização massiva.

Jamais, nas variadas teorias econômicas do século 20, se imaginou que um país pudesse alcançar elevado nível de renda, e consequentemente de vida, com o fortalecimento da agropecuária. O campo sempre foi considerado um palco “primário” da economia. Mesmo tendo os bem-sucedidos exemplos da Austrália e da Nova Zelândia, países que alcançaram elevado desenvolvimento por meio do fortalecimento agrícola, o antigo consenso permaneceu dominante. Agora, o Brasil mostra, claramente, ser possível romper tal ortodoxia. De onde se originou tal possibilidade?

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