Aliados aconselharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a dar uma trégua nas críticas à taxa de juros, ao BC (Banco Central) e ao chefe da autarquia, Roberto Campos Neto. Eles defendem que as críticas, a partir de agora, fiquem restritas a determinados integrantes do partido e, especialmente, parlamentares.
De acordo com relatos feitos à Folha, o presidente vinha sendo aconselhado por seus auxiliares mais próximos a evitar fazer críticas diretas a Campos Neto. Apesar de concordarem com a objeção ao patamar dos juros, a visão expressa ao chefe do Executivo é que não precisaria ser ele o responsável por esse papel —até mesmo porque seus ataques acabavam dando importância maior ao presidente da autoridade monetária.
O conselho foi seguido já no fim da semana passada, quando Lula foi a Washington encontrar o presidente Joe Biden e, mesmo questionado por jornalistas brasileiros sobre taxa de juros, não comentou. A agenda ficou restrita à defesa da democracia e de laços comerciais com os Estados Unidos.
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