Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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De ministro sanfoneiro a banqueiro: quem da comitiva de Bolsonaro no Catar aceitou os relógios Cartier e Hublot alvos do TCU; O Globo

Detalhes Notícia
Peças consideradas itens de luxo podem custar até R$ 53 mil e foram destinadas para Gilson Machado, Ernesto Araújo e outros três membros que acompanharam o presidente em 2019. Bolsonaro e o então ministro Ernerto Araújo, que recebeu presentes das autoridades do Qatar, durante a assinatura de acordos Valdenio Vieira/PR / Governo Federal

 

 

A Secretaria-Geral e a Comissão de Ética da Presidência da República foram notificadas nesta quarta-feira pelo Tribunal de Contas de União (TCU) sobre os relógios de luxo recebidos por parte dos integrantes da comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem oficial ao Catar, em 2019. Para o órgão, as peças de luxo recebidas estão em “desacordo com o princípio da moralidade pública” e extrapolaram os “limites da razoabilidade”.

A decisão atendeu parte de um pedido do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Em sua representação, o parlamentar informou ao TCU que cinco membros da comitiva do presidente ao Catar receberam de presente relógios das marcas Cartier e Hublot, que podem custar até R$ 53 mil. A Comissão de Ética Pública da Presidência analisou o caso em 2022, e entendeu à época que os membros da comitiva não precisavam devolver os presentes. A decisão difere da tomada pelo TCU nesta semana.

Os relógios de luxo foram destinados a ministros de Bolsonaro na época. Os beneficiados foram Gilson Machado (Turismo) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). O deputado Osmar Terra (MDB) também recebeu uma peça, assim como Sergio Ricardo Segovia, então presidente da Apex; e Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, que era chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais.

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