Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
img

"Trabalho por uma causa, não por nomes", diz Vera Lúcia Araújo, cotada ao STF, por Raphael Felice/Correio Braziliense

Detalhes Notícia
Segundo a jurista Vera Lúcia Araújo há uma hegemonia racista e machista para justificar o fato de nenhuma mulher negra ter sido ministra do STF até hoje (crédito: Divulgação/EBC)

 

 

Moradora de Brasília desde os 18 anos, a baiana Vera Lúcia Araújo passou a ter o nome cotado — até mesmo internamente no governo — para assumir uma das possíveis indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar dos recentes acenos do presidente ao seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, há uma forte movimentação para que a corte suprema do país tenha uma ministra negra pela primeira vez na história.

O nome de Vera ganhou força após aparecer em uma lista tríplice para compor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado. Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou o nome de André Ramos Tavares à corte eleitoral. Além disso, a jurista é uma das lideranças da publicação de um manifesto que sustenta a necessidade da nomeação de uma mulher negra na composição do Supremo Tribunal Federal. Entretanto, Araújo ressalta que não está fazendo campanha.

O documento citado por Vera recebeu assinaturas de diversas entidades jurídicas, como um documento assinado por grupos como a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, o Grupo Prerrogativas, o Coletivo de Defensoras e Defensores pela Democracia, a Associação da Advocacia Pública pela Democracia e a Coalizão Nacional de Mulheres também defendeu que a posse de uma mulher negra no STF seria “a singular oportunidade de supressão da lacuna reveladora de baixa intensidade da democracia brasileira”.

Leia mais no Correio Braziliense