Uruguaio criado em Porto Alegre desde guri, Javier Umansky tinha 21 anos no passaporte e US$ 15 mil no banco quando apostou em um negócio próprio, dobrando o investimento com a ajuda do irmão, Gabriel. Ele havia concluído o Ensino Médio em Tel-Aviv e trabalhado como barman ou gerente em bares, boates e restaurantes israelenses durante quatro anos, período aproveitado para observar a movimentação noturna na Inglaterra e Holanda.
De volta à capital gaúcha no final de 1994, alugou um sobrado tenebroso em Petrópolis, bairro onde sempre residira. Desafio: restaurar o espaço para ali oferecer um programa atraente em meio a uma cidade apinhada por dezenas de concorrentes diretos e indiretos.
A aposta se mostrou certeira a partir de 7 de março de 1995, terça-feira, quando cerca de 150 convidados – no boca-a-boca e por mala-direta – se aglomeraram em frente ao número 57 da avenida Itaqui, quase esquina com a Taquara e a poucos metros da Protásio Alves, para a inauguração do Barbazul Cocktail Pub. Por quase duas décadas, seus 350 metros-quadrados sacudiriam os jovens boêmios com atrativos como ambiente acolhedor, atendimento de primeira e caprichada carta de drinques que serviam de combustível para uma clientela sedenta de agitos etílicos, afetivos e musicais, sob fartas doses de pop-rock em CDs e fitas-cassete.
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