O Aeroparque Jorge Newbery, o aeroporto mais utilizado pelos brasileiros que chegam à capital argentina, transformou-se, nos últimos meses, em abrigo para dezenas de pessoas que vivem nas ruas. As cenas de argentinos dormindo no chão, ao lado de escadas rolantes, atrás de telões que indicam os horários dos voos, e até mesmo em sofás de cafés do aeroporto portenho impactam quem passa por lá, chegando ou partindo. A situação social da Argentina está se deteriorando rapidamente, e a expectativa é de uma piora expressiva nos próximos meses.
Atualmente, segundo dados do segundo semestre de 2022 do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), 39,2% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza, o que representa 18,6 milhões de pessoas (no primeiro semestre, a taxa era de 36,5%). Outros 8,1% (3,8 milhões de argentinos) são indigentes, ou seja, não têm recursos para satisfazer suas necessidades básicas de alimentação. Um dos dados mais dramáticos da crise neste que já foi um dos dez países mais ricos do mundo é o percentual de crianças pobres: 54,12%.
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