Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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'Não é um liberou geral', diz defensor público que levou caso de descriminalização do porte de drogas ao STF, por Educardo Gonçalves/O Globo

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Leandro de Castro Gomes recorreu em 2009 da condenação de um homem flagrado com três gramas de maconha dentro da penitenciária de Diadema, em SP. Leandro de Castro Gomes, defensor público em SP: autor de recurso que motivou debate no STF sobre descriminalização do porte de drogas. Foto: Divulgação

 

 

Responsável por suscitar o debate sobre porte de drogas no Supremo Tribunal Federal (STF), o defensor público Leandro de Castro Gomes afirmou que sua intenção ao recorrer à Corte máxima do país foi questionar a criminalização de usuários. Em entrevista ao GLOBO, ele disse que uma eventual vitória no julgamento não significará um “libera geral”.

— O que o recurso pretende, e os votos dos ministros caminham nesse sentido, é que a ação estatal não se dê pela forma mais gravosa, que é a questão criminal. Isso não significa um liberou geral ou uma legalização. De maneira alguma. Mas uma declaração de que a intervenção criminal estigmatiza o usuário e é inconstitucional —afirmou ele.

O recurso, apresentado há mais de 12 anos, pedia a absolvição de um mecânico flagrado com três gramas de maconha. Gomes lembra que o caso foi um dos primeiros que ele assumiu ao chegar à comarca de Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo, em 2009. Na época, o mecânico tinha 50 anos e estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Diadema. Hoje, ele tem 64 e está em liberdade.

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