Porto Alegre, quinta, 21 de novembro de 2024
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30% dos artigos de neurociência podem ser falsos; entenda/Olhar Digital

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Um grupo de pesquisadores desenvolveu uma ferramenta capaz de apontar artigos com conteúdo falso ou plagiado. Estante com documentos / Imagem: Sergei25/Shutterstock.com

 

 

A pressão social por respostas na neurociência levou diversos pesquisadores a publicar artigos sem comprovações científicas — ou seja, falsos. Seja para reafirmar suas teses ou somente para preencher seus currículos, esses documentos circulam como se fossem verídicos, e o pior, sendo publicados em revistas científicas e jornais.

Um programa desenvolvido para detectar esses artigos falsos apontou que a maioria está passando despercebida pela revisão por pares. Na ciência, essa revisão é fundamentada em avaliar um trabalho acadêmico com base em outro estudo do mesmo campo, ou parecido.

O próprio estudo que visa comprovar a tese dos artigos falsos foi publicado como um artigo de pré-impressão, e ainda aguarda a própria revisão por pares. Se os resultados forem aprovados, representará uma grande preocupação no cenário da neurociência. Entenda como o programa funciona:

  • Através da inteligência artificial, os pesquisadores treinaram uma máquina com o intuito de procurar vários sinais de alerta comumente vistas em artigos falsos enviados a revistas científicas.
  • Quando essa ferramenta alcançou 90% de precisão, ela passou a ser usada para vasculhar cerca de 5.000 artigos médicos e de neurociência publicados em 2020, ou seja, antes mesmo da chegada do ChatGPT, que vem causando problemas por plágio.
  • Como resultado, ela apontou 28% dos conteúdos como provavelmente inventados ou plagiados

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