Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Marina diz ter levado ‘ferroada de arraia’, mas fica no governo, por Vera Magalhães/O Globo

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Ministra do Meio Ambiente participou de reunião com Lula, ministros palacianos e Sonia Guajajara. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva José Cruz/Agência Brasil

 

 

Marina Silva fica no governo. Em reunião com Lula, ministros palacianos, líderes no Congresso e Sonia Guajajara — que assim como ela teve a pasta esvaziada no relatório, aprovado em comissão, sobre mudanças na Medida Provisória que definiu a estrutura do governo —, a ministra do Meio Ambiente disse que foi questionada algumas vezes sobre uma eventual saída da administração, mas que vai ficar e “resistir” às investidas do Congresso para minar sua pasta.

O ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha, abriu a reunião fazendo uma analogia entre seu trabalho e o que desempenhou quando era médico atuando na Amazônia. Disse que quando entrava numa trilha ou na mata fechada, seu objetivo era “sair vivo”, mas que sabia que podia levar uma ferroada de arraia.

Na sua vez de falar, Marina pegou carona na metáfora e disse que sentia que as políticas ambientais levaram, de fato, uma “ferrada de arraia”, mas que permaneceria no cargo para resistir. Afirmou que reconhece as dificuldades da articulação política e os interesses que predominavam no Congresso, mas não escondeu a contrariedade com a perda de atribuições.

Padilha descreveu o processo de negociação com o relator da MP, Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Ele e os líderes alertaram para riscos caso o governo tente impor a recomposição das mudanças introduzidas por ele na composição do governo. Inclusive a derrubada da MP, com o retorno, a partir de 1º de junho, da estrutura da gestão Jair Bolsonaro e o “sumiço” de 17 ministérios.

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