Porto Alegre, quarta, 02 de outubro de 2024
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Democracia e economia: Normalidade importa mais do que o PIB; alternância minimiza erros no longo prazo/Folha de São Paulo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Gabriela Biló/Folhapress

 

 

Dadas as tensões políticas e institucionais que se acentuaram nos últimos anos, será particularmente doloroso —e perigoso— que nova etapa de retrocesso econômico afete diretamente o bem-estar da sociedade brasileira. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), infelizmente, tornou esse risco mais elevado.

A aposta na hipertrofia estatal como meio de resolução de conflitos e carências, que desde antes da posse se traduz em aumento contínuo e insustentável do gasto público, dificulta o controle da inflação, a queda dos juros e, logo, a retomada do crescimento da produção e da renda em bases duradouras.

O novo regramento orçamentário, que tramita no Congresso com o aval das forças fisiológicas, estabelece apenas limites débeis ao avanço da despesa, sem oferecer uma perspectiva confiável de contenção da dívida pública, hoje já em patamares exagerados para uma economia emergente.

Pelo panorama que se desenha à frente, ou haverá arrocho desmesurado da carga tributária ou nova escalada do endividamento. Nas duas hipóteses, o investimento e o emprego tendem a ser sufocados.

Uma quadra de mediocridade já seria um infortúnio para um país cuja renda per capita ainda é menor que a de dez anos atrás. Há mais perigos, porém.

 

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