Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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Produtores querem sobretaxa para importação de lácteos do Mercosul, por Claudio Medaglia/Jornal do Comércio

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Importações de lácteos prejudicam produtores nacionais mas favorecem consumidores, pondera Sindilat PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC

 

 

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha enviou nesta quarta-feira (14) ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, ofício reivindicando a adoção imediata de uma Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% para produtos lácteos importados do Mercosul. A proposta é que a medida seja válida pelo prazo de seis meses em todo o País. O documento reforça a pauta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Presidente da Frente, o deputado estadual Elton Weber (PSB) diz que a medida tem como objetivo frear a redução de preço ao produtor, que em plena safra está recebendo, em média, R$ 2,70 pelo litro. “Neste ano, as compras brasileiras de leite e laticínios da Argentina e Uruguai dispararam. E o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais importou. Esse cenário penaliza muito o agricultor. E, vamos lembrar, a concessão de subsídios destes países alcança mais de 50% seus produtores”, ressalta o parlamentar.

Segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal, as importações brasileiras de leite e laticínios da Argentina e do Uruguai em relação ao mesmo período de 2022 saltaram 286,4% em valor, chegando a US$ 263,2 milhões, e 230,6% em volume, atingindo 69,9 mil toneladas. Deste total, o Rio Grande do Sul importou US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022.

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