Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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Antártica mostra sinais de rápidas mudanças climáticas, afirma glaciologista da Ufrgs, por Cláudio Isaías/Jornal do Comércio

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Professor Jefferson Cardia Simões destaca um gradativo aquecimento da periferia da Antártica EVANDRO OLIVEIRA/JC

 

 

“A região Antártica é muito mais sensível do que outras partes do Planeta. Temos um viés errado, principalmente na região Sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, de olhar mudanças climáticas como sinônimo de Amazônia. Isso não é correto. A Amazônia é um das partes do sistema ambiental terrestre. Mas, existem outras tão mais importantes quanto como é o caso da Antártica”. A avaliação foi feita pelo professor Jefferson Cardia Simões, coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, que nesta terça-feira (20) participou do seminário “Mudanças Climáticas e suas Consequências”, no teatro da Unisinos, em Porto Alegre. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Engenheiros (Senge/RS).

Segundo Simões, o continente antártico já mostra sinais de rápidas mudanças climáticas. “A Antártica está muito perto do Rio Grande do Sul. Porto Alegre está muito perto do continente do que Boa Vista, em Roraima”, ressalta o professor, que já visitou o continente antártico cerca de 27 vezes. O explorador polar atua com outros pesquisadores brasileiros em uma área de três milhões de quilômetros – o equivalente a 10 vezes o estado do Rio Grande Sul. A Antártica possui 14 milhões de quilômetros e 32 países realizam pesquisas na região – os maiores investidores são os Estados Unidos e a China.

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