Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
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"Barganha e ânsia dos deputados não vão diminuir", da Deutsche Welle

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Em entrevista à DW, cientista política Beatriz Rey avalia articulação política da gestão de Lula nos primeiros seis meses foi ruim e que governo precisa entender nova correlação de forças no Congresso Nacional. Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Modelo de distribuição de cargos e emendas já não parece ser tão eficazFoto: MauroPimentel/AFP

 

 

Às vésperas do recesso parlamentar que interrompe os trabalhos no Congresso Nacional até o início de agosto, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE) analisou os primeiros seis meses de gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as considerações feitas pelo parlamentar em seu pronunciamento, ele afirmou que, após alguns desencontros, a articulação política está “azeitada”. O petista disse ainda que Lula pediu reuniões semanais ou quinzenais com líderes dos partidos na Câmara para destravar votações de interesse do governo.

A avaliação feita pelo deputado, um dos responsáveis pela articulação política entre o Executivo e o Congresso é mais um sinal de que o tema foi um dos principais problemas do governo ao longo do primeiro semestre. As derrotas em votações como o Marco do Saneamento e Marco Temporal, e a vitória apertada na análise da Medida Provisória de reorganização dos ministérios ligou um sinal de alerta na cúpula petista.

Além de Guimarães, a articulação do governo com os parlamentares é feita também por José Padilha, que ocupa a Secretaria de Governo, e Rui Costa, da Casa Civil. Ambos são alvos de críticas. “Erraram muito, e me surpreende que Padilha ainda esteja no governo”, analisou Beatriz Rey, doutora em ciência política, pesquisadora sênior do Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), da Uerj, e da Fundação PopVox (EUA).

Em entrevista à DW Brasil, ela afirmou acreditar que o governo ainda está tentando entender a correlação de forças com o Congresso para criar uma base mais sólida, sobretudo na Câmara.

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