Porto Alegre, segunda, 07 de outubro de 2024
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Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em seis meses; operação é 'incompatível com o patrimônio', diz Coaf, por Eduardo Gonçalves/O Globo

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Relatório do órgão de combate à lavagem de dinheiro destacou transações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que tem remuneração de R$ 26 mil; defesa diz que todas as transferências são lícitas. Tenente-coronel Mauro Cid na CPI de 8 de janeiro Geraldo Magela / Agência Senado

 

 

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, apontou movimentação “atípica” e “incompatível” nas contas bancárias do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O militar está preso e é investigado pela Polícia Federal por participar de um esquema de supostas fraudes no cartão de vacina e por manter conversas de teor golpista.

No documento, obtido pelo GLOBO, o Coaf destacou que encontrou nas contas de Cid indícios de “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente” e “transferências unilaterais que, pela habitualidade e valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade”.

Procurado, o advogado Bernardo Fenelon, que defende Cid, afirmou que “todas as movimentações financeiras do tenente-coronel, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”. O criminalista ainda pontuou que “todas as manifestações defensivas são apenas realizadas nos autos do processo”.

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