Uma nova tecnologia já testada em pesquisa e aplicada a campo na safra de verão apresentou resultados na mitigação de perdas decorrentes da falta de água nas lavouras de soja e milho. A solução procurou dar novo uso aos fitoesteróis (compostos gordurosos derivados de plantas), conferindo às plantas tratadas com a técnica a capacidade de otimizar em até 20% a água disponível no solo. Ou seja, produzir mais com menos. Em experimentos, produtores gaúchos relataram ganhos de produtividade em áreas que sofreram com a falta de chuva e melhoria em áreas irrigadas. Os ensaios foram conduzidos pela Elicit Plant Brasil, que já trabalha para colocar o produto no mercado para a próxima safra de verão.
Conforme a empresa, o uso de fitoesterol se mostrou solução única, orgânica e eficaz na redução dos impactos como o estresse hídrico. “Em média, em áreas no Sul do Brasil, a gente conseguiu ter 13,4 sacos a mais de rendimento no milho”, diz Felipe Sulzbach, da área de marketing e vendas da Elicit. Os fitoesteróis são extrato de plantas, enquadram-se legalmente como fertilizante foliar e são pulverizados na lavoura. Conforme Sulzbach, uma planta em condições de altas temperaturas e ausência de água fecha o estômato, enrola a folha e para de se desenvolver. “Quando tenho o fitoesterol, o estômato da planta semicerra, continua fazendo fotossíntese e as trocas gasosas. Então, a folha continua espalmada, e a planta continua crescendo, aprofundando raízes e buscando água no solo”, explica o executivo.
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