Do lançamento do ChatGPT – um robô virtual capaz de produzir textos, criar poemas e explicar praticamente qualquer coisa – e da popularização de imagens adulteradas que parecem reais à anunciada recriação da voz de John Lennon para lançar “a última música dos Beatles”, a inteligência artificial dominou os noticiários no último semestre. Se os últimos avanços na área expõem dilemas éticos e até o temor de que, no futuro, as máquinas possam controlar os humanos, pelo menos na agricultura os impactos desse campo científico ficam longe de polêmicas. Soluções baseadas na tecnologia estão auxiliando os produtores a ser mais eficientes, com economia de tempo, recursos e dinheiro.
Exemplo desse uso benéfico da inteligência artificial, um sistema desenvolvido pela Embrapa promete facilitar a tarefa de detecção de doenças que ameaçam a lavoura. Em parceria com a japonesa Macnica DHW e a israelense InnerEye, a empresa de pesquisa vem testando desde abril do ano passado um equipamento que capta e simula os sinais neurais de especialistas responsáveis por analisar imagens de plantas doentes. Por meio de um capacete com eletrodos, o sistema opera como um eletroencefalograma (EEG). Ao assimilar as ondas cerebrais dos fitopatologistas, “aprende” a identificar as enfermidades e classificar as imagens, o que permite automatizar o processo de rotulagem.
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