Em pronunciamento na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, nesta quinta-feira, 03, o deputado Gustavo Victorino criticou a postura do governo federal “que precisa encontrar culpados para as lambanças que vem fazendo”, afirmou.
Victorino fez um histórico das medidas do governo federal para gerar mídia sem efeito real, como o programa para reduzir o preço dos automóveis, quando meses antes promoveu a volta de impostos.
“De repente todos os problemas do Brasil viram taxa de juros, sendo que essa redução anunciada ontem pelo Banco Central de 0,5% ainda é a mais baixa que o Lula teve desde o primeiro governo dele”, lembrou.
Conforme o parlamentar, o fato é que o governo federal precisa arrumar culpados para justificar a incompetência das nomeações em cargos importantes para o desenvolvimento do país: “No IBGE, por exemplo, um dos últimos redutos de números confiáveis neste país, agora também passa por nebulosidade com a nomeação de Marcio Pochmann, criticado quando era presidente do IPEA e, depois foi presidente do Instituto Lula, além de outros ex-governadores de estados com os piores IDHs do Brasil que agora são ministros e cuidam da nossa vida” comentou.
Victorino criticou a falta de gestão também no governo estadual: “Estamos cheios de problemas para resolver aqui e, enquanto isso, o governador Leite vai à Brasília para apoiar essa barbaridade que é a Reforma Tributária, uma proposta que foi discutida numa comissão que não tinha nenhum parlamentar do Rio Grande do Sul, que é um dos maiores núcleos produtores industriais desse país”, afirmou.
Gustavo Victorino fez um apelo para que o foco seja em problemas reais como o desemprego já presente em grandes empresas brasileiras, a fila no SINE que não para de crescer e o aumento o preço da gasolina.
“Meu aplauso ao Campos Neto pela medida do Banco Central, mas não dá pra ficar pendurado na taxa de juros como se esse fosse o principal obstáculo na economia brasileira, quando o verdadeiro problema é falta de gestão e, nenhum país de cunho socialista e centralizador deu certo, não vai ser o Brasil que vai conseguir isso”, finalizou.