Quem nasceu e sempre viveu nas capitais, pessoas acostumadas a buscar informações por meio das emissoras de rádio com enorme potência e jornais de grande circulação, sobretudo antes da Internet e suas novas plataformas de mídia, não faz a menor ideia de como é complicado o dia a dia nos veículos de comunicação do interior do Estado. Falo com propriedade, comecei ainda adolescente no município de Butiá.
Gerson Galvão Filho
Nesta terça-feira, 14 novembro, celebro junto com o Grupo Gazeta Mineira os seus 42 anos de atuação no mercado gaúcho. Sediado na região Carbonífera, desde o início comandando pelo competente e visionário Gerson Galvão Filho, mantém a mesma linha editorial que prioriza questões locais, sem perder o foco das grandes pautas nacionais e dos temas sensíveis que envolvem blocos de países em nível global.
Em veículo impresso, a primeira oportunidade que recebi foi no Jornal Gazeta Mineira, sediado em São Jerônimo, município da região carbonífera. Antes, minha experiência era nos microfones da Rádio Sobral, em Butiá. Parabéns ao Galvão, e a todos os colaboradores da grande família Gazeta Mineira, da qual fiz parte com muito orgulho. Foi uma grande escola, onde também pude contribuir um pouco com o meu trabalho, fazendo aquilo que sempre gostei, graças à oportunidade concedida por pessoas generosas e competentes, verdadeiros “irmãos de armas”.
Sempre que posso, faço questão de recordar: a primeira pessoa que me deu oportunidade para escrever em jornal foi o Galvão. Eu assinei uma coluna na Gazeta por determinado período, e aquele espaço resultou em outras portas abertas. A gratificante experiência foi interrompida quando mudei em definitivo para Porto Alegre, também em função de trabalho e estudo. Da mesma forma, destaco a oportunidade de ter participado da inauguração da Charqueadas FM, hoje Rádio Gazeta. Aquela aventura radiofônica foi muito rica. Eu tinha apenas 18 anos e, por incrível que pareça, já não era um novato na comunicação, considerando que estreei aos 13 anos de idade. A experiência de inaugurar uma rádio em Charqueadas, cidade aonde vivi boa parte da minha vida, está impressa para sempre nos anais da memória afetiva.
Também gostaria de render homenagem a outro enorme profissional do Grupo Gazeta, homem de rádio que me acompanhou e ajudou no início de carreira, “professor” Jorge Matias. Ele viu o meu início na Rádio Sobral, em Butiá. Já era quase veterano, naquele momento em que cheguei adolescente. Como se não bastasse, considero o Jorge um dos melhores narradores esportivos que já conheci. Veloz, preciso na narração, além de uma grande figura humana.
Por fim, não posso deixar de mencionar um evento que a memória trouxe à tona. Entre tantos momentos inesquecíveis que vivi no Grupo Gazeta, inesquecível foi o nosso título de campeões da Taça Santa Bárbara, em Butiá, grande fase do nosso time de Futebol de Salão.
Vida longa ao Grupo Gazeta! E parabéns a Galvão, Jorge e todos os colaboradores.
