Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Prefeitura apresenta proposta de parceria para operação da Usina do Gasômetro

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Projeto prevê gestão compartilhada com a prefeitura, garantindo espaço aberto ao público. Foto: Pedro Piegas / PMPA

 

 

A Prefeitura de Porto Alegre apresentou, na manhã desta quinta-feira, 15, na Usina do Gasômetro, a proposta da futura operação do espaço. O local abrigará um novo complexo cultural, por meio de projeto de parceria. A consulta pública foi lançada e terá duração de 30 dias. Acesse aqui o projeto.

Após esse período, o projeto é enviado para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que tem prazo de 90 dias para devolver à prefeitura. O passo seguinte é o lançamento de um edital de concorrência para apurar o parceiro. A expectativa é de que isso ocorra até o segundo semestre deste ano.

“Um símbolo da cidade e um dos lugares mais amados pelos porto-alegrenses, a obra da Usina do Gasômetro é um compromisso que firmamos nas urnas. Vamos tratar de todos os trâmites com cautela e segurança, além de dialogar com cultura, Orçamento Participativo e Câmara de Vereadores para que o processo corra da melhor forma possível. Não há cidade boa para o turista se não for boa para quem vive nela” – Prefeito Sebastião Melo.

A proposta prevê que, por 20 anos, um parceiro faça a operação do local, com gestão compartilhada com a prefeitura, garantindo o viés cultural da usina e mantendo o espaço aberto ao público e com acesso gratuito a diversas áreas. Além disso, a prefeitura poderá realizar eventos, com ingresso gratuito, em dezenas de datas ao longo de cada ano. Como, por exemplo, atividades do aniversário da cidade, Natal, Noite dos Museus, POA em Cena, Bienal, entre outros.

O projeto foi elaborado com consultoria da SP Parcerias e prevê 13 espaços culturais na usina. Entre eles, um teatro, cinemas, salas de exposições, de danças e de ensaios. Também foram projetados cinco espaços de permanência (terraços, coworking, entre outros), e quatro de serviços em locais pré-determinados (incluindo cafeteria, bar, restaurante e loja de souvenir).

“Esta proposta reflete o avanço da sociedade na gestão de espaços públicos relevantes como esse. A operação com o parceiro poderá garantir ótima prestação de serviço ao cidadão, com opções de entretenimento, limpeza e segurança”, afirma o vice-prefeito, Ricardo Gomes.

Obrigatoriedades – Entre as responsabilidades do parceiro estão a preservação e a limpeza do local, considerando o tombamento vigente, além do monitoramento por câmeras de vigilância, instalação de mobiliário, colocação de piso podotátil, entre outras ações.

Vedações – O projeto também estipula que o parceiro não poderá ter fonte de receita com atividades comerciais não previstas em edital ou não aprovadas pela prefeitura, não poderá cobrar ingresso para uso de sanitário, para ingresso na exposição permanente da casa e para entrada na usina, salvo em casos exclusivos e pontuais.

Receita – Ao mesmo tempo, o parceiro poderá realizar eventos, apresentações, exposições, cursos e serviços relacionados à produção cultural, comercializar alimentos e bebidas nos espaços pré-determinados e fazer locação de ambientes para atividades liberadas pela prefeitura.

“A nova Usina do Gasômetro será um espaço multiuso, moderno e versátil, podendo se adaptar a todas as demandas da população”, destaca a titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini.

“A reforma deste espaço é um marco na cidade. Um lugar que será acessível a toda população de Porto Alegre, inclusive pela economia criativa”, diz o secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Henry Ventura.

O presidente da Câmara Municipal, Mauro Pinheiro, e os vereadores Jesse Sangalli e Gilson Padeiro também participaram do evento na usina nesta quinta-feira.

“É uma obra complexa, mas está na reta final, avançando com todos os cuidados necessários, já que trata-se de um prédio histórico e tombado”, diz o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores.

Sobre a revitalização
Investimento: R$ 20,6 milhões
11 mil metros quadrados de área útil
40 km de fios utilizados
Três elevadores sociais instalados
Pisos com pedra ardósia e cimento queimado
Paredes de alvenaria ou de gesso acartonado com pintura acrílica fosca
Troca da laje do terraço
Novo PPCI já está aprovado para a presença de cerca de 2,5 mil pessoas simultâneas
Ar-condicionado central nos ambientes do térreo ao 3° andar
Piso do Teatro Elis Regina terá madeira de reflorestamento e local terá ar-condicionado