Porto Alegre, sábado, 27 de julho de 2024
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Ministro israelense Benny Gantz renúncia

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Benny Gantz afirmou que se tratava de uma decisão “complexa e dolorosa”. Foto: Reuters

Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelita, demitiu-se por falta de um plano para o pós-guerra em Gaza.

Benny Gantz afirmou que deixar o seu cargo é uma “decisão complexa e dolorosa”, mas que Netanyahu está a “impedir uma verdadeira vitória” sobre o Hamas, o grupo militante que Israel combate em Gaza há oito meses.

Gantz, um dos três ministros do gabinete de guerra de Israel, disse durante uma conferência de imprensa televisionada no domingo que estava a sair “com o coração pesado, mas com total confiança”.

Gantz apelou ao primeiro-ministro para marcar uma data para as eleições, uma vez que estava a tornar “impossível a vitória total”, ao mesmo tempo que afirmou que o governo deve colocar o regresso dos reféns capturados pelo Hamas “acima da sobrevivência política”.

A demissão do popular ex-chefe militar era esperada, uma vez que, no mês passado, ele deu a Netanyahu um prazo até 8 de junho para apresentar um plano claro para o dia seguinte ao conflito em Gaza.

Com a saída de Gantz, Netanyahu perderia o apoio de um bloco centrista que tem ajudado a alargar o apoio ao governo em Israel e no estrangeiro, numa altura de crescente pressão diplomática e interna, oito meses após o início da guerra em Gaza.

Com a demissão do ministro do Gabinete de Guerra, Netanyahu terá de contar mais com o apoio político dos partidos ultranacionalistas, cujos líderes irritaram Washington mesmo antes da guerra e que, desde então, apelaram ao regresso a uma ocupação israelita completa de Gaza.